NOVOS CONCURSOS

domingo, 19 de agosto de 2012

Instituto Butantan identifica 17 novas espécies de aranha
Dois anos depois de perder cerca de 30% de seu acervo de aranhas em um incêndio, 
o Instituto Butantan volta a ganhar destaque internacional ao anunciar 17 novas espécies.
 A descoberta, que deu origem ao gênero Predatoroonops, é a maior contribuição do País para o 
The Goblin Spider, um dos mais ambiciosos projetos mundiais já realizados para a sistematização 
do inseto.

As espécies da família Oonopidae foram identificadas após seis anos de análise de aranhas coletadas 

na Mata Atlântica. Segundos os pesquisadores, chamam a atenção pela estrutura das quelíceras – 
espécie de gancho frontal que serve para captura de alimentos e proteção. “Possuem várias
 articulações e são totalmente diferentes das de espécies de outros gêneros”, diz o biólogo Antonio 
Brescovit, um dos responsáveis pela descoberta.
Os pesquisadores ainda tentam desvendar a utilidade das incomuns articulações presentes apenas 

nos machos das novas espécies. Uma das hipóteses é o uso na reprodução: as estruturas liberariam 
feromônio, um poderoso hormônio da atração sexual. Além disso, podem servir para prender a fêmea 
durante a cópula.
“Há também a possibilidade de serem usadas como arma durante a briga entre os machos, ainda que

 isso seja pouco comum em aranhas. Mas temos de coletar mais exemplares para fazer uma
 observação correta”, afirma Antonio Brescovit.
As novas espécies, que têm no máximo 1,9 milímetros, se juntam às 23 anteriormente identificadas 

pelos sete pesquisadores do País que participam do Inventário Planetário de Biodiversidade (PBI, na
 sigla em inglês) que vem sendo feito pelo The Goblin Spider desde 2006.
Com o objetivo de documentar todos os gêneros da família Oonopidae, o projeto reúne 46 aracnólogos

 de 12 países e ampliou a documentação de 300 para 1016 espécies nestes seis anos. A família 
Oonopidae foi escolhida por sua biodiversidade e é normalmente encontrada no solo ou em copas 
de árvores nas florestas tropicais.
Fonte: Site Estadão(acessado em 08/08/2012).

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